sábado, 12 de março de 2016



Escolha o Tênis certo para a sua Pisada!





tênis de corrida masculino


COMO ESCOLHER UM TÊNIS DE CORRIDA?


Você iniciou 2016 com a meta de praticar mais atividades físicas, seja para ficar mais saudável, perder os quilinhos extras do fim de ano ou mandar o estresse do dia-a-dia embora. Para isso, você escolheu a corrida, um dos esportes com mais adeptos e apaixonados pelo mundo, conseguiu seu atestado médico e não vê a hora de colocar o seu corpo em ação. Mas só está faltando uma coisa: comprar os tênis próprios para o esporte.
É exatamente sobre esta etapa que vamos conversar: não basta achar qualquer loja que venda tênis esportivos e comprar aquele que você achou mais bonito. A escolha do tênis para corrida deve ser bem planejada, pois o calçado certo garante um melhor aproveitamento do esporte, enquanto o caso contrário pode trazer problemas para o seu corpo, já que não é qualquer marca ou modelo que será o melhor para os seus pés. Afinal, existem tênis próprios para correr e tênis próprios para você. Quer saber qual é o seu e correr (literalmente) para comprá-lo? Confira as dicas da Tênis S.A e saiba qual o melhor modelo de tênis para corrida, masculino ou feminino!
tênis de corrida

CATEGORIAS TÉCNICAS

Os modelos de tênis são baseados em três categorias que irão definir o seu melhor uso: são o peso, a altura e o drop. Sobre o peso, geralmente quanto menor, mais rápido o tênis e vice-versa. A altura reflete sua resposta nas pisadas, de forma que tênis mais baixos respondem mais rápido. Por fim, o drop mostra a diferença de altura entre a parte mais baixa e a mais alta do tênis, variando entre 00mm, que simulam pisadas mais naturais, e 15mm, simulando pisadas mais artificiais.

NUMERAÇÃO

No geral, recomenda-se que se compre um tênis com uma numeração maior que a sua, mas no caso dos tênis de corrida Mizuno que, por serem mais largos, recomenda-se comprar em um tamanho a menos.

TIPO DE AMORTECIMENTO

O amortecimento existe com o objetivo de tornar a corrida mais confortável, já que protege e absorve o impacto da pisada. Modelos mais amortecidos são buscados por iniciantes na corrida já que ajudam na adaptação ao esporte e na prevenção de lesões. Entretanto, os tênis com amortecedores costumam ser mais pesados e não oferecem uma resposta tão rápida para treinos curtos de maior velocidade. Algo que vem fazendo sucesso são os modelos de baixo amortecimento, chamados de minimalistas, como a linha Nike Free. Sua intenção não é deixar o treino mais confortável, como o amortecimento faz, mas melhorar a performance do atleta, fortalecer mais os músculos e ligamentos utilizados na corrida e deixar os pés mais próximos do solo. Se você se interessou por eles, saiba que qualquer um, desde que tenha as orientações corretas sobre como e quando, podem usar os tênis minimalistas para correr.
tênis de corrida masculino







TIPO DE CORRIDA E LOCAL 

O tipo de tênis também deve se relacionar bem com o tipo de corrida e o local onde ela ocorrerá. Se a corrida ocorre em solos mais “duros”, como concreto e pisos, é recomendado um com maior amortecimento, mas ainda assim leves, enquanto treinos e corridas em estradas de terra e com lama podem requerer tênis de trilhas, que são mais estáveis e com maior tração.
tenis para corrida

TIPO DE PISADA

O maior conforto de um tênis acontece quando o modelo é adaptado à forma que o seu pé pisa. Sim, nós pisamos de formas diferentes. Na verdade, de três formas, que são os três tipos de pisadas que devem guiar a compra do seu próximo tênis:

PISADA  PRONADA

Realizada por 50% da população mundial, a pisada pronada começa com o lado externo do calcanhar e finaliza próximo ao dedão. Os tênis de corrida mais indicados para a pisada pronada são os com amortecimento, controle de estabilidade leve e solado plano ou semi-curvo. Alguns modelos ideais para os pronados são o Mizuno Wave Creation 15, Asics Kayano 21, Nike Lunarglide+ 5 e Adidas Response Boost1.
tenis running

 PISADA NEUTRA

Já a pisada neutra, realizada por 45% das pessoas, começa a pisar com o lado externo do calcanhar e finaliza no centro da planta do pé. Não apresenta muitas restrições no momento de escolher o melhor tênis para corrida, apenas um amortecimento mais leve e solado semi-curvo. Modelos recomendados são o Adidas Energy Boost 2, Mizuno Wave Prorunner 17, Asics Nimbus 16 e Nike Lunarglide+ 7.
tenis2
A pisada começa pelo lado externo do calcanhar e finaliza no dedinho. Cerca de 5% da população mundial pisa de tal forma. Como os supinadores possuem pés mais rígidos, os modelos de tênis de corrida para pisada supinada necessitam de um reforço no amortecimento, como em gel e em molas, controle de estabilidade e solado curvo. Alguns tênis recomendados para a pisada são o Adidas Supernova Glide Boost 7, Asics Nimbus 17, Mizuno Wave Ultima 5 e Nike Air Zoom Vomero 10.
tênis de corrida mizuno
Quer conhecer os melhores modelos e linhas lançados no último ano? 

 ADIDAS ULTRA BOOST

O novo modelo Boost da Adidas surgiu com um solado emborrachado super aderente, adaptando-se à pisada sem prejudicar a firmeza, e com um suporte posicionado no centro da sola do pé. Disponível em quatro cores (amarelo, preto, cinza e laranja), o modelo ainda oferece 20% a mais de amortecimento e novo formado para o cabedal.
tênis corrida adidas

 NIKE LUNARTEMPO

A novidade lançada pela Nike em 2015 surgiu para agradar os iniciantes e aqueles que precisam pagar um pouco menos por um ótimo produto. Dentre suas diversas características, o Nike LunarTempo oferece amortecimento acima da média, a tecnologia Flyknit e é próprio para treinar e correr, fazendo com que seja o modelo mais usado da marca. Vem nas cores verde-limão, laranja, roxa, cinza, preto, azul, vermelha, branca, entre outras.
tenis corrida nike

ASICS GEL SENDAI 2

A Asics trouxe uma ótima novidade para os amantes de tênis com amortecimento turbinado. Ela aposta em bolsas de gel de silicone e não deixou de fora as respostas rápidas proporcionadas pela tecnologia FluidRide. A durabilidade do modelo também sai ganhando por conta de um sistema distribuído também nas áreas críticas do pé. O tênis conta ainda com o tecido mesh multidirecional, que promove elasticidade e adaptação, e com uma excelente função corretiva. Encontra-se nas cores verde, azul, preto, rosa, vermelha e muito mais.

domingo, 6 de março de 2016

Como usar Sapatênis Masculino


Formal demais para um tênis. Informal demais para um sapato. Vira e mexe surge aquele rolê em que você precisa estar elegante, mas sem apelar para o sapato social. Para esses momentos, a escolha mais versátil é o sapatênis.
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Para sair de noite, ir na balada, ficar na roda de amigos, ir no barzinho, trabalhar, dar um rolê na casa da gata, o sapatênis é uma peça coringa que junta a elegância com o conforto. Pensando nisso a Tênis S.A levantou algumas dicas para usar melhor o calçado. Confira:

MELHORES FORMAS DE USAR

SAPATENIS-CALCA
  • A melhor mistura do sapatênis é com calça jeans. Mas sempre tente usar com aquela que fica certa no seu corpo, sem caça muito larga (tipo de rapper) ou muito apertada (bailarino). Evite usar roupa social com sapatênis.
  • Se vai ter que usar terno e gravata, vá com o bom e velho sapato. Quer usar o calçado para ir ao trabalho? Use uma calça jeans de lavagem escura e uma camisa de tom neutro.
  • Quando for usar jeans claro, prefira os calçados de cores claras ou bege. Já cores como marrom, café e preto são mais fáceis de combinar com qualquer modelo de calça.
  • No frio, você pode usar uma blazer, suéter ou cardigan (para os mais descolados) sem problemas, contanto que mantenha a harmonia entre as cores.

VALE MISTURAR COM BERMUDA.

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  • Os sapatênis também pode ser usado com bermudas jeans ou de sarja. Esse tipo de visual serve para quem quer sair de um jeito mais esportivo porém arrumado.
  • Quando for sair assim, tente usar meia soquete e aposte em modelos de calçado de couro ou camurça. Eles são mais fácies de combinar com bermudas e shorts mais básicos e lisos.
  • Na parte de cima, você pode por uma camiseta, uma gola V ou mistura de camisa aberta com camiseta por baixo, sem se preocupar, já que a parte de baixo ficou com um estilo mais básico.

O QUE NÃO FAZER COM O SAPATÊNIS

  • Por mais da hora que seja o modelo, evite usá-lo qualquer hora e lugar.  O mais indicado é usar o sapatênis em momentos informais como passeio.
  • Evite destoar o seu visual com algo muito descolado como um boné. Se for usar algo na cabeça, prefira uma toca discreta, uma boina ou  um chapéu fedora ou panamá.
  • Novamente, o sapatênis não é alternativa para o sapato quando você tiver que usar traje social completo.

ALGUNS MODELOS QUE VALEM A PENA

Para ajudar a desmitificar o mundo do sapatênis, a Tênis S.A selecionou alguns modelos para você se inspirar na hora de montar o seu visual. Se liga!
Sapatênis Adidas A12 Cinza MOD:13766Sapatênis Calvin Klein Azul Marinho MOD:12086Sapatênis Calvin Klein Marrom MOD:12087

Sapatênis Adidas A12 Grafite MOD:13765Sapatênis Calvin Klein Branco MOD:12250Sapatênis Calvin Klein Creme MOD:12391

Sapatênis Doma Shoes Cinza MOD:13348 [LiquidaMix]Sapatênis Doma Shoes Café MOD:13349 [LiquidaMix]
É Isso Aí, Monte o seu visual bem descolado e DIVIRTA-SE!

sábado, 5 de março de 2016

COMO FAZER PARA LIMPAR PRODUTOS DE COURO






  • O couro preto liso pode ter seu brilho renovado com óleo de amêndoas Assim como a camurça, o couro é um tecido muito delicado. Quando molhado, o couro colorido mancha. Mas como lavar em casa jaquetas, botas, bolsas e outras peças em couro? Segundo a personal organizer Ingrid Lisboa, você pode fazer a manutenção dessas …
  • O couro preto liso pode ter seu brilho renovado com óleo de amêndoas
  • Assim como a camurça, o couro é um tecido muito delicado. Quando molhado, o couro colorido mancha. Mas como lavar em casa jaquetas, botas, bolsas e outras peças em couro? Segundo a personal organizer Ingrid Lisboa, você pode fazer a manutenção dessas peças, adiando um pouco a ida à lavanderia.
  • No caso do couro preto e liso, Ingrid indica passar óleo de amêndoas para manter a hidratação. “Passe com uma gaze ou algodão e depois esfregue um paninho de microfibra para tirar bem o excesso”, ensina. Segundo ela, essa manutenção só deve ser feita quando a peça estiver sem brilho. Para a lavagem, vale a mesma recomendação dada às peças de camurça: mandar para a lavanderia.
  • Quando o inimigo é o bolor:
  • O mofo/bolor é causado por fungos que se proliferam em locais úmidos e escuros e durante o inverno a proliferação do fungo causador do mofo é maior.
  • Guardar as roupas de forma incorreta também ajuda na proliferação do mofo, não só em artigos de couro como em todo o armário.
  • Jamais guarde roupas de tecido ou couro em sacos ou capas plásticas, use as de algodão ou TNT. O plástico não deixa a peça respirar, ou seja: quando a temperatura sobe/esquenta o plástico sua – fica úmido, depois quando a temperatura cai/esfria as gotículas caem nas roupas deixando-as úmidas. Com o tempo o mofo aparece – pela umidade e falta de luz.
  • Outro erro comum é não arejar e limpar a roupa com frequência. A cada 3 meses aconselho colocar os artigos de couro para arejar em local ventilado e iluminado. Mas atenção, não coloque no sol.
  • Outra dica é não guardar papéis e sacolas plásticas dentro dos armários, tão pouco encher as gavetas e prateleiras com caixas de papel. Isso evita a circulação de ar e ajuda na proliferação do mofo, traças e baratas.
  • Com as recomendações abaixo suas peças de couro ficarão novinhas em folha, e não se esqueça: a cada 3 meses limpe-as com pano úmido bem torcido quase seco, coloque-as para arejar e evite os sacos plásticos.
  • Para SAPATOS
  • 1º RETIRE A PEÇA DO ARMÁRIO E LIMPE.
  • Ingredientes:
  • 01 pano limpo e seco
  • 01  Vinagre de álcool branco
  • Modo de fazer:
  • ·   Umedeça o pano limpo e seco em vinagre de álcool puro.
  • ·   Passe no artigo/peça de couro que está com mofo ou com cheiro forte de guardado até limpá-la.
  • ·   Seque com pano seco e limpo
  • Obs.: Não passe vinagre em roupas/sapatos de camurça

quinta-feira, 3 de março de 2016

COMO ESCOLHER O SEU ESPORTE IDEAL

Quando se trata de esportes as opções são infinitas. De tênis e golfe até corrida e ciclismo há algo para quase todos. Mas como escolher um esporte ideal para a sua personalidade? Para ajudá-lo a descobrir isso, pedimos uma série de dicas à especialistas em fitness e estilo de vida. Aqui está o que eles nos disseram.
Dica um: Saiba o que você gosta ou não
 As pessoas devem perceber o que eles gostam na vida regular para encontrar o seu esporte. Você gosta de estar em ambientes fechados ou ao ar livre? Você prefere ficar quente ou frio? Você gosta da experiência ou tudo o que você faz é só para ganhar? Você prefere ser ativo individualmente ou como parte de uma equipe? Avaliar as suas necessidades físicas e mentais vai ajudá-lo a limitar as escolhas para entrar em forma e ficar ativo.
Dica dois: Identifique suas limitações
Antes de começar a praticar um esporte, considere seus objetivos e limitações físicas. Tenha um olhar honesto sobre o que o seu corpo está preparado para fazer. Você quer algo que vai fazer você suar ou você seria feliz com movimento mínimo? Suas articulações aguentam um esporte de alto impacto que envolve execução ou deveria ser algo menor impacto, como natação ou andar de bicicleta? . Uma consulta ao médico deve ser sempre uma prioridade antes de iniciar a prática de esportes ou exercícios.
Dica três: Escolha entre esportes individuais ou de equipe
Considere se você deseja ou não fazer parte de uma equipe ao escolher um esporte. Os esportes coletivos podem oferecer-lhe a oportunidade de conhecer outras pessoas com interesses semelhantes, como você vê há um vínculo entre os jogadores durante um jogo de equipe. Se você preferir passar um tempo sozinho, considere ciclismo, natação, corrida ou até mesmo tênis para se exercitar.
Dica quatro: Pense se você quer ser um líder
Ao escolher esportes coletivos, também é importante avaliar suas características como um líder ou seguidor. Esses esportes têm certas posições que controlam mais do jogo do que outros. Para quem gosta de uma distribuição mais igualitária de tarefas, esportes como futebol, polo aquático, remo e basquete podem ser mais o seu estilo. 
Dica cinco: Decida o tempo em que quer ter resultados
Muitos esportes oferecem gratificação instantânea, enquanto outros se desenrolam ao longo de um período mais longo de tempo. Considere as suas preferências com relação às recompensas ao escolher um esporte. Muitas pessoas estão mais fortemente motivados por objetivos pequenos, de curto prazo. Caminhada e corrida permitem que você execute um 5km ou mais, sempre que desejar, com sucesso imediato. Tênis, remo e handebol também permitem que você se sinta uma corrida imediata da concorrência. Lembre-se que esportes como futebol, beisebol e basquete apresentam resultados a longo prazo, pois o sucesso é sentida no final da temporada.
Dica seis: O tempo para praticar
Como você prefere gastar seu tempo é um fator significativo na busca de um esporte que se adapta à sua personalidade. Você está descontraído e relaxado com o seu tempo? Então recomendo frequentar um clube ou nadar. O golfe é um dos esportes mais lazer feito ao ar livre, mas é também um dos mais intensos.
Geralmente é um esporte feito em sua própria conveniência. Natação e corrida são ótimos para quem quer relaxar e se preparar para outras atividades que exigem mais.
Dica sete: Considere o que você vê na TV
 Recomendo tomar como base um esporte que você gosta de assistir durante os Jogos Olímpicos.  Talvez você nunca seja uma ginasta, mas talvez fazer algo como yoga iria ajudá-lo a melhorar sua ginasta interior.  A união da equipe de natação do mestre local iria satisfazer o seu espirito Michael Phelps.
Dica oito: Analise as possibilidades viáveis
Os eventos esportivos e equipes disponíveis na sua área podem limitar um pouco suas escolhas. Veja o que há para encontrar um ajuste perfeito. Muitas cidades têm centros comunitários que oferecem mais esportes de equipe. Muitos ginásios e centros comunitários oferecem mini torneios em esportes como futebol e beisebol.  Estas competições são geralmente curtas, que permitem que você experimente um esporte por algumas semanas antes de fazer um compromisso maior.
Dica nove: Prove
Se você não tiver certeza sobre qual esporte vai funcionar para você, entre e experimente o esporte antes de começá-lo a pratica com uma equipe ou um objetivo. 

quarta-feira, 2 de março de 2016

CUIDADOS PARA EVITAR A MÁ DIGESTÃO

Woman with stomach issues isolated on white background
Azia, gases, sensação de estômago pesado e sonolência são sintomas que já acometeram todos nós pelo menos uma vez. Apesar de serem comuns a pessoas com condições crônicas, como a doença do refluxo gastroesofágico, esses males podem surgir em qualquer um que exagerou no prato ou não tomou os devidos cuidados na refeição – mesmo aqueles que seguem uma dieta equilibrada. Confira os conselhos dos especialistas e fique atento aos deslizes que podem causar má digestão.
Comer muito rápido
Ao comer rapidamente, cometemos dois erros cruciais – não mastigamos direito e não damos tempo suficiente ao nosso cérebro para perceber que estamos comendo. “Quando começamos a mastigar, nosso organismo libera uma enzima que facilita a quebra do alimento, iniciando o processo de digestão”, explica o nutrólogo Fernando Bahdur Chueire, da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Desta maneira, é fundamental triturar bem os alimentos antes de engolir, para que a enzima tenha tempo de agir, facilitando o trabalho do estômago e evitando que o órgão fique sobrecarregado – fator que deixaria a digestão mais lenta. Além disso, cada refeição deve ter duração de pelo menos 20 minutos. “Esse é o tempo médio que leva para o intestino liberar o hormônio que ativa o centro de saciedade do cérebro depois que começamos a nos alimentar”, explica. Almoçar em menos tempo que isso não irá proporcionar a sensação de saciedade, fazendo que com a ingestão seja exagerada, dificultando a digestão e favorecendo problemas como refluxo. “Comer demais também torna o processo de digestão mais demorado, causando sensação de mal estar”, alerta o nutrólogo. De acordo com o profissional, o ideal é comer até sentir-se bem e não até ficar “cheio”.
Manias à mesa
A gastroenterologista Mara Rita Salum, da Unifesp, explica que os órgãos do sistema digestivo se localizam na caixa torácica e, dependendo da forma como nos posicionamos, eles se comprimem, dificultando o processo digestivo, culminando na má digestão. Por isso, atitudes como comer deitado ou em qualquer posição que não seja ereta afeta diretamente a digestão. Outra mania comum é falar enquanto comemos – isso pode aumentar a ingestão de ar durante a refeição, favorecendo problemas relacionados a gases.
Líquidos durante a refeição
“Quando alguém bebe muito líquido enquanto come, o estômago enche mais, podendo causar mal estar devido ao maior tempo de digestão necessário para esvaziar o órgão”, aponta a gastroenterologista Mara. Tomar um copo de suco de até 150 ml, no entanto, não interfere de forma significativa na digestão e pode até facilitar o processo de mastigação. Mas a ressalva fica para as bebidas gaseificadas: elas provocam a dilatação do estômago, levando a uma maior ingestão de comida e prejudicando o processo digestivo. “Acompanhar a refeição com qualquer tipo de bebida não é recomendado apenas para quem sofre de doença do refluxo gastroesofágico, pois aumenta o risco de azia.”
Jejum prolongado
Para entender porque o jejum prolongado interfere na digestão, é preciso conhecer o mecanismo do corpo que causa a azia. Na ligação do nosso esôfago com o estômago, temos um órgão chamado esfíncter esofágico inferior, uma espécie de anel responsável por permitir a passagem de comida e se manter fechado quando não estamos fazendo uma refeição. “Ele se abre para o alimento passar do esôfago para o estômago e, em seguida, deve se fechar para reter o que foi ingerido e impedir que os sucos gástricos atuantes na digestão subam para o esôfago, causando a azia”, explica o gastroenterologista Ricardo Blanc, da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia. Quando uma pessoa fica sem comer, o ácido gástrico produzido normalmente pelo estômago se acumula e pode refluir, irritando o final do esôfago e causando a azia. “Comer a cada três horas mantém o sistema digestivo em funcionamento, sem sobrecarga na produção de ácido gástrico”, explica o gastroenterologista Luiz Eduardo Rossi Campedelli, do Hospital Albert Einstein.
Boca seca
Ficar com água na boca não indica apenas que você está com fome – a saliva é parte importante do processo de digestão, pois é ela quem inicia esse processo. É pela saliva que são liberada as primeiras enzimas que ajudam na trituração dos alimentos. Além disso, a saliva ajuda na eliminação de bactérias da cavidade bucal, prevenindo contra cáries e outras doenças. Dessa forma, pessoas que tem a boca mais seca podem ter o processo digestivo prejudicado, já que a saliva não será suficiente. Segundo os especialistas, o uso de determinados medicamentos – entre anti-histamínicos, descongestionantes, analgésicos, diuréticos e remédios para pressão alta e depressão -, tabagismo, abuso de álcool, menopausa e doenças que afetam as glândulas salivares, como diabetes, Parkinson e HIV, são causadores de secura na boca. Ela também pode surgir uma vez ou outra, sem qualquer relação com esses problemas, mas se persistir o ideal é procurar um médico. Algumas dicas para evitar a secura na boca são beber bastante água, mascar gomas ou chupar balas sem açúcar e evitar bebidas com cafeína.
Fumo e álcool
homem-fumandoVocê deve estar se perguntando por que o cigarro iria interferir na digestão, já que a fumaça se deposita nos pulmões. A resposta é simples: a nicotina, quando entra na corrente sanguínea, também vai para o sistema digestivo, e lá provoca a diminuição da contração do estômago, dificultando a digestão. “O uso contínuo do cigarro também enfraquece o esfíncter esofágico inferior, aumentando o contato do ácido gástrico com a mucosa esofágica e causando azia”, diz o gastroenterologista Luiz Eduardo. Além disso, o tabaco altera o paladar e induz a produção de ácido clorídrico pelo estômago, o que facilita a infecção pelas bactérias Helicobacter pylori, causadoras da úlcera gástrica. Segundo o especialista, o cigarro ainda estimula a ida de sais biliares do intestino para o estômago, tornando suco gástrico mais nocivo ao organismo e intensificando o aparecimento de úlceras.
Com o álcool não é diferente. Quando ingerimos alguma bebida alcoólica, a substância logo é absorvida pelo nosso sistema gastrointestinal, irritando as mucosas do esôfago e do estômago e alterando as membranas do intestino, prejudicando a absorção de nutrientes. “Os resultados podem ser esofagite, gastrite e até diarreia”, explica o gastroenterologista Ricardo Blanc. Já no fígado, o álcool vai alterar a produção de enzimas, sobrecarregando o órgão. “Ele passa a produzir mais enzimas para metabolizar o etanol, levando a uma inflamação crônica ou hepatite alcoólica, podendo evoluir para cirrose”, completa. Outro órgão afetado pelo excesso de bebidas alcoólicas é o pâncreas, responsável pela fabricação de insulina e de enzimas digestivas. O álcool pode causar uma inflamação no pâncreas, e essa inflamação pode evoluir para uma pancreatite.
Sono inadequado
Descansar após as refeições, tirando um cochilo leve, pode ajudar na digestão porque está relacionada, sobretudo, ao repouso. “Dando um tempo das atividades pesadas, o fluxo sanguíneo permanece focado nos órgãos envolvidos na digestão sem qualquer problema”, afirma o nutrólogo Fernando. Além disso, o ideal é repousar com a cabeça levemente inclinada para cima, pois isso ajuda na descida dos alimentos. “Ficar completamente deitado pode favorecer o refluxo ou mesmo atrapalhar a digestão”, explica o especialista. A soneca, entretanto, deve durar apenas alguns minutos, pois ao entrarmos em sono profundo, o metabolismo fica lento, dificultando o processo de digestão. Caso queira dormir mais profundamente, espere de duas a três horas após a refeição.
Respirar pela boca ou sorver alimentos
É comum pessoas com alergias respiratórias passarem a maior parte do tempo com as narinas entupidas, precisando respirar pela boca. Nesse cenário, ela acaba respirando pela boca também enquanto come, levando mais ar para o estômago e causando gases. O mesmo acontece quanto usamos canudinho ou sorvemos alimentos, como uma colher cheia de sopa. O ato de sugar a bebida ou o alimento também traz mais ar para dentro do corpo, podendo causar má digestão ou então intensificando um problema que a pessoa já tenha normalmente, como refluxo ou azia.
Erros ao fazer exercícios
“Logo depois que você se alimenta, o organismo direciona maior fluxo sanguíneo para os órgãos envolvidos na digestão para que, dessa maneira, o processo seja realizado mais rapidamente”, aponta o nutrólogo Fernando. Quando fazemos exercícios, por outro lado, quem solicita maior fluxo sanguíneo são os músculos. Assim, é fundamental esperar a digestão completa da refeição – que leva cerca de duas horas – para treinar, pois, do contrário, nenhuma atividade será bem realizada. Segundo o nutrólogo, a diminuição do fluxo sanguíneo ocorre até mesmo no cérebro e, por isso, é normal sentirmos preguiça, cansaço ou dificuldade de concentração logo após comer. O ideal, portanto, é esperar cerca de 15 minutos para voltar a trabalhar, estudar ou realizar outra atividade que exija atenção.
Roupas ou cintos apertados
Usar calças ou saias com elásticos apertados, bem como abusar dos cintos, pode apertar o estômago e obrigar a comida a retroceder para o esôfago. Após as refeições, seu estômago dilata por conta da produção de ácidos gástricos, e a pressão das roupas pode fazer com que esses ácidos retornem para o esôfago, causando azia e refluxo. Esse problema é mais intenso em pessoas que estão acima do peso, pois a obesidade aumenta ainda mais a pressão no estômago. Essa pressão pode empurrar o conteúdo do estômago para dentro do esôfago, causando azia.